Lápis.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
NO BANHEIRO?
Acrílica sobre tela.
Homenagem a RODIN (O pensador).
Exatamente, no banheiro. Porque rir não tem lugar!
domingo, 21 de novembro de 2010
CARICATURA E DECORAÇÃO
Publicado na edição de novembro da revista Casa Cláudia (em Salvador). O apartamento de 290m² na Vitória, esbanja contemporaneidade. Muito design, arte e... ops! A CARICATURA do dono do imóvel em uma parede no living! Personalidade e arte.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
BREVE HISTÓRICO...
Chama-se caricatura todo desenho que acentua detalhes ridículos. O desenho caricatural constitui um gênero de cunho satírico, mas não obrigatoriamente cômico. A caricatura é a reprodução gráfica de uma pessoa, animal ou coisa, de uma cena ou episódio, exagerando-se certos aspectos com intenção satírica, burlesca ou crítica. O vocábulo (do italiano caricatura, de caricare, "carregar", "acentuar") foi utilizado pela primeira vez em 1646, para designar uma série de desenhos satíricos de Agostino Carracci que focalizava tipos populares de Bolonha. O termo, porém, já fazia parte do jargão artístico.
A princípio considerada mero divertimento, a caricatura tornou-se importante atividade artística. Entre seus cultores incluem-se diversos nomes significativos na história das artes visuais. A propensão para o caricatural ocorre em todos os artistas de tendência expressionista - não fora o expressionismo, mais do que um simples estilo, uma forma original de conceber o mundo e a existência. De certo modo, cultivaram a caricatura, ou sofreram sua influência, grandes artistas de todos os tempos, como Bosch e Quentin Metsys, Leonardo da Vinci e Arcimboldo, Jacques Callot e Goya, Ensor e George Grosz. Os "Caprichos" de Goya, por exemplo, têm linguagem afim à da caricatura, cuja intenção mais profunda não é ridicularizar nem provocar o riso fácil, e sim, como escreveu Claude Henri Watelet em 1792, "fixar os caracteres e as expressões".
Outra característica da caricatura é transcender o individual, para particularizar o coletivo de uma época ou de um povo: a figura de John Bull, por exemplo, criada por Sir John Tenniel e John Leech, mais que um desenho caricato, é um símbolo do povo britânico, de suas mais íntimas convicções. Como bem observou o brasileiro Herman Lima, o personagem ideal John Bull terminou "representado em pessoa por Winston Churchill, mostrando assim o poder verdadeiramente divinatório dos caricaturistas que primeiro o idealizaram". Do mesmo modo, Tio Sam, de Thomas Nast (em boa parte inspirado em Abraham Lincoln), ultrapassa a condição de caricatura, que teve inicialmente, para caracterizar o americano, externa e intimamente considerado.
Transcende também a caricatura o domínio do puramente visual. Já em 1857, Baudelaire escrevia ter ela direito às atenções de historiadores, arqueólogos e filósofos. Pode ser-lhe aplicado o que Baudelaire afirmou da obra de Honoré Daumier: "Por ela, o povo podia falar ao povo." Não admira que, nos regimes autoritários, toda vez que a manifestação do pensamento se vê cerceada ou suprimida, caiba papel de destaque aos caricaturistas.
O cartoon, gênero criado pelos ingleses, caracteriza-se basicamente por seu aspecto anedótico. Compõe-se geralmente de um desenho e pode vir acompanhado ou não de palavras. Do cartoon em seqüência surgiu a história em quadrinhos. Já o desenho de humor explora os aspectos não-anedóticos dos fatos e tem no acontecimento contemporâneo sua matéria-prima, focalizando-o em geral de modo ameno, embora às vezes assuma o caráter de humor negro.
A caricatura já era conhecida dos egípcios (o museu de Turim guarda um papiro que retrata o faraó Ramsés II com orelhas de burro), gregos (pinturas em vasos) e romanos (afrescos de Pompéia e Herculano). Dela se utilizaram arquitetos e escultores românicos e góticos nas fachadas e capitéis das catedrais, e com ela miniaturistas preencheram as margens de centenas de manuscritos, mesmo de alguns acentuadamente religiosos. Como arte independente, porém, a caricatura é fruto da Renascença, devendo-se a Annibale Carracci o primeiro exemplar do gênero, hoje no museu de Estocolmo: um desenho que representa um casal de cantores italianos, feito em 1600.
A época dos que se dedicaram à caricatura como uma arte autônoma teve início com Pier Leone Ghezzi (1674-1755). Até então, essa atividade era praticada quase exclusivamente por pintores em momentos de descanso de seus trabalhos "sérios". A partir do século XVIII, a caricatura floresceu, primeiro com Romeyn de Hooghe, nos Países Baixos, e logo depois com William Hogarth, pai da caricatura britânica e da caricatura social, entre cujos continuadores podem ser mencionados Thomas Rowlandson e George Cruikshank. Em oposição à caricatura pessoal, surge, com George Townshend (1724-1807), em fins do século XVIII, a caricatura política, que iria ter seu mais notável representante em James Gillray (1757-1815).
A invenção da litografia pelo alemão Aloys Senefelder, nos últimos anos do século XVIII, contribuiu bastante para a divulgação da caricatura. Até então, o caricaturista utilizava apenas matrizes de metal, gravando o desenho em folhas soltas, com poucas possibilidades de divulgação de seus trabalhos - os quais nunca ultrapassavam os círculos socialmente mais elevados da população. A litografia, possibilitando grandes tiragens e preços menores, facilitou a disseminação da caricatura.
Logo em seguida, e ainda como conseqüência direta da litografia, surgiram os periódicos especialmente dedicados à caricatura, entre os quais o semanário La Caricature (1830) e o diário Le Charivari, franceses, ambos fundados por Charles Philipon. À ação estimulante de Philipon deve a história da caricatura alguns de seus nomes mais ilustres, como Grandville (Jean Ignace Isidore Gérard), Gustave Doré, Cavarni e, sobretudo, Honoré Daumier - talvez o maior caricaturista de todos os tempos, autor de 3.958 litografias, entre as quais dezenas de obras-primas, incomparáveis ao mesmo tempo pelo apuro técnico, expressividade e espírito crítico.
Na senda aberta por La Caricature, logo apareceriam numerosos outros periódicos, em toda a Europa, entre eles, na Inglaterra, Punch (1841) - intimamente ligado à história do desenho de humor, à caricatura de índole social - e Simplicissimus (1896), na Alemanha.
Entre os mais famosos caricaturistas do século XIX encontram-se Philibert Louis Debucourt, Louis-Léopold Boilly, Jean-Baptiste Isabey e Henri Monnier, na França; Robert Seymour, John Doyle e seu filho, Richard Doyle, John Leech, John Tenniel e d'Orsay, na Grã-Bretanha; Thomas Nast, Joseph Keppler e Bernhard Gillam, nos Estados Unidos; Virgínio, na Itália, e Eduard Schleich, na Alemanha. No período de transição, a meio caminho entre os séculos XIX e XX, destacam-se os nomes dos ingleses Carlo Pellegrini (Ape) e Max Beerbohm; dos franceses Caran d'Ache (Emmanuel Poiré), Jean-Louis Forain e Toulouse-Lautrec; do sueco Olaf Gulbransson, do alemão Eduard Thöny.
No século XX, período das grandes conflagrações internacionais, das convulsões sociais, das ideologias totalitárias, a caricatura encontraria farto material a explorar, com destaque para nomes como os de Charles Dana Gibson e Art Yong nos Estados Unidos, David Low no Reino Unido, Louis Raemaekers nos Países Baixos, Sennep (Jean-Jacques Pennès) na França e Fritz Meinhard na Alemanha.
No que diz respeito ao cartoon, merecem menção especial Wilhelm Busch e Edward Lear, George Belcher e Aubrey Beardsley, Constantin Guys e Eugène Lami, no século XIX; Saul Steinberg, André François, Manzi, Chaval (Yvan Le Louarn) Tomi Ungerer, Miguel Covarrubias e Ralph Barton, no século XX.
domingo, 17 de outubro de 2010
Segundo Aurélio...
s.f. Desenho, pintura satírica ou grotesca de uma pessoa. / Deformação grotesca e exagerada de certos defeitos: fazer a caricatura de um meio social numa comédia.
Vamos lá!
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